Árvore “farmácia” e madeira de lei: 5 razões lucrativas para plantar Jatobá em 2026

Fruta: jatobá do cerrado – Créditos: depositphotos.com / taciophilip

Da farinha que vale ouro no mercado fitness à madeira que atravessa gerações, entenda por que esta espécie nativa é a aposta certa para o seu terreno.

Durante muito tempo, o Jatobá foi lembrado apenas pelo cheiro forte de sua fruta in natura. Mas o jogo virou. Com a valorização das espécies nativas e a busca por superalimentos, essa árvore monumental do Cerrado e da Mata Atlântica desponta como uma oportunidade estratégica para quem planeja o futuro do seu pedaço de terra.

Plantar um Jatobá em 2026 não é apenas um ato ecológico; é um investimento de longo prazo. Conhecida pela resistência extrema (sendo apelidada de “ferro vegetal”), ela oferece retorno financeiro, nutricional e medicinal.

Se você tem espaço no sítio, na chácara ou na fazenda, veja cinco motivos comprovados para apostar nessa semente hoje.

1. A farinha: O novo “Whey Protein” da floresta

O mercado de nutrição funcional está redescobrindo o Jatobá. A polpa farinácea que envolve as sementes é uma potência energética.

Rica em cálcio, potássio, ferro e fibras, a farinha de Jatobá tem ganhado espaço em lojas de produtos naturais como um suplemento para atletas e idosos. Diferente de outras culturas que exigem processamento complexo, a farinha é obtida de forma relativamente simples, criando uma fonte de renda extra para o produtor rural através da venda para cooperativas e mercados locais.

2. Farmácia viva no quintal

Na sabedoria popular e na fitoterapia, o Jatobá é realeza. Sua casca e sua resina são amplamente utilizadas no preparo de xaropes, chás e do famoso “vinho de Jatobá”.

Árvore Jatobá – Créditos: depositphotos.com / [email protected]

Estudos sobre plantas medicinais indicam propriedades expectorantes, anti-inflamatórias e fortificantes. Ter essa árvore no terreno é garantir acesso a um recurso terapêutico natural que tem demanda constante em feiras e farmácias de manipulação especializadas.

3. Madeira de Lei: A poupança verde

Pensando no longuíssimo prazo (para filhos e netos), o Jatobá é um ativo financeiro. Sua madeira é uma das mais duras e valiosas do mundo, resistente a cupins e ao apodrecimento natural.

Embora o corte exija plano de manejo e autorização ambiental, o plantio focado em madeira nobre é uma tendência forte para 2026, visando o mercado de móveis de luxo e construção civil de alto padrão, que paga preços elevados por madeira legalizada e certificada.

4. Recuperação de solo e biodiversidade

Para quem busca regenerar a terra, o Jatobá é um aliado. Sendo uma leguminosa, ele ajuda na fixação de nitrogênio (embora menos que outras da mesma família, sua biomassa é rica).

Além disso, é uma espécie “chave” para a fauna. Seus frutos alimentam cotias, pacas e macacos, que ajudam a dispersar sementes, atraindo vida silvestre e equilibrando o ecossistema da sua propriedade.

5. Resiliência climática

Em tempos de mudanças climáticas, plantar espécies rústicas é vital. O Jatobá é perfeitamente adaptado aos solos brasileiros, tolerando períodos de seca melhor do que muitas espécies exóticas. Uma vez estabelecida, a árvore exige pouca manutenção, crescendo de forma constante e robusta.

O momento de plantar é agora

O Jatobá é uma árvore de crescimento lento a moderado. Por isso, quem planta em 2026 sai na frente. Seja para colher os frutos daqui a alguns anos, seja para valorizar a terra com madeira nobre para o futuro, iniciar o cultivo agora é garantir patrimônio biológico e financeiro.

Prepare o berço, consiga uma muda de viveiro certificado e plante seu legado.

🔒 Crédito: Este artigo foi publicado originalmente por Kátia Ribeiro. Reprodução total ou parcial sem autorização é proibida por lei.