O ponto certo muda tudo: como escolher pontos de crochê para mantas charmosas

Manta de crochê em tons pastéis, com quadrados texturizados, apoiada sobre um sofá bege em sala aconchegante. – Imagem gerada com inteligência artificial, licença paga e uso exclusivo para este conteúdo.

Se você ama mantas de crochê, mas trava na hora de escolher o ponto porque tem medo da peça ficar dura, sem caimento ou “sem graça”, calma: isso é mais comum do que parece. A quantidade de gráficos, nomes de pontos e ideias no Pinterest pode mais atrapalhar do que ajudar.

O grande “segredo” é entender quais pontos de crochê para mantas realmente funcionam no dia a dia: os que crescem rápido, têm bom caimento, combinam com o fio certo e criam textura bonita sem complicação. Neste guia, você vai conhecer os principais pontos curingas, quando usar cada um e como testar tudo em amostras pequenas antes de começar sua manta oficial.

Quais são os melhores pontos de crochê para mantas?

Existem dezenas de pontos possíveis, mas para mantas charmosas e práticas, vale focar em alguns campeões: eles são versáteis, têm boa textura e aparecem com frequência em receitas de manta de sofá, cama e bebê.

Abaixo, veja os pontos mais usados e o “estilo” de cada um. Você não precisa saber todos de uma vez: escolha 2 ou 3 para dominar primeiro.

Ponto Alto Simples
Clássico, rápido e com ótimo caimento. Ideal para mantas lisas, com foco nas cores e listras. Trabalha bem com barbante 6, fios de algodão e fios acrílicos médios. Para iniciantes, é um dos melhores pontos de base.

Meio Ponto Alto
Fica entre o ponto baixo e o ponto alto, criando uma textura “acolchoada”, perfeita para mantas mais quentinhas. É ótimo para mantas de bebê, porque forma uma superfície macia e sem grandes buracos.

Ponto V (ou ponto em V)
Formado por ponto alto + correntinha + ponto alto no mesmo ponto de base. Cria um desenho rendado, levemente “ziguezagueado”, que aparece muito em mantas infantis e mantas leves para sofá.

Quadrado da Vovó (Granny Square)
Não é um ponto único, mas um conjunto de pontos (normalmente correntes e pontos altos) formando quadrados. É perfeito para usar sobras de fio e montar mantas coloridas, costurando ou unindo os squares depois.

Ponto Chevron (zigue-zague)
Cria o famoso desenho em ondas, com subidas e descidas. Fica incrível em listras de cores diferentes e é muito usado em mantas modernas, inclusive em receitas simples com grupos de 3 pontos altos e aumentos/diminuições nos picos e vales.

Ponto Concha / Leque
Formado por vários pontos altos no mesmo ponto de base, criando “leques”. Dá uma pegada bem romântica, ideal para mantas decorativas para cama ou poltrona. Em fios finos, o resultado é delicado; em fios grossos, fica bem volumoso.

Ponto Tunísiano Simples
Feito com agulha tunísiana, gera uma manta mais encorpada, com cara de tricô. Funciona muito bem para mantas de inverno, usando fios médios ou grossos. Por ser mais denso, esquenta bastante e deixa a peça estruturada.

*– Imagem gerada com inteligência artificial, licença paga e uso exclusivo para este conteúdo.*

Como escolher o ponto ideal para o estilo da sua manta?

Antes de decidir o ponto, pense em como e onde a manta será usada. Isso muda totalmente o tipo de textura e o fio recomendados.

Se a ideia é uma manta para sofá, por exemplo, muita gente prefere pontos com alguma abertura (como ponto V ou granny) e fios médios, que deixam a peça bonita o ano todo, sem pesar demais no visual da sala. Já para uma manta de cama ou de inverno, pontos mais fechados e fios mais grossos fazem toda a diferença no conforto.

Profissionais em crochê costumam observar três fatores na hora de escolher o ponto: caimento, textura e tempo de execução. Se você ainda está começando, vale priorizar pontos repetitivos (como ponto alto, meio ponto alto e chevron simples) que crescem rápido e ajudam a terminar sua primeira manta sem abandonar o projeto no meio.

Manta para sofá

Para mantas de sofá, pense em algo que una charme e praticidade:

Ponto alto, meio ponto alto ou chevron funcionam bem, pois criam mantas que “abraçam” o sofá sem ficarem pesadas demais.
Medidas comuns giram em torno de 1,20 m x 1,50 m, mas você pode adaptar para o tamanho do seu móvel.

Manta de cama ou bem quentinha

Se a ideia é esquentar de verdade:

Aposte em meio ponto alto, ponto tunísiano, ponto cesta ou variações texturizadas mais fechadas.
Fios grossos ajudam a ganhar volume rápido, mas lembre-se de testar o peso da peça para não ficar desconfortável de usar ou lavar.

Manta de bebê

Para manta de bebê, a prioridade é conforto:

Pontos sem muitas “pontas” e sem buracos grandes, como meio ponto alto, ponto V delicado ou combinações simples de ponto baixo + ponto alto, são ótimos.
Prefira fios macios, antialérgicos, de fácil lavagem.

Passo a passo para testar o ponto em uma amostra

Antes de atacar a manta inteira, o truque das artesãs experientes é fazer amostras pequenas. Isso evita trabalhos enormes que depois não agradam no toque ou no tamanho.

Siga este mini passo a passo para qualquer um dos pontos de crochê para mantas:

Escolha o fio e a agulha
Use a combinação recomendada no rótulo do fio. Se quiser uma manta mais molinha, experimente uma agulha meio número maior que o indicado.
Faça uma correntinha de teste
Monte de 20 a 30 correntinhas. Essa largura já é suficiente para sentir o caimento do ponto.
Trabalhe de 8 a 10 carreiras
Use o ponto escolhido (ponto alto, V, chevron, etc.) repetindo o padrão como se estivesse fazendo uma mini manta.
Meça o tamanho da amostra
Meça a largura e a altura. Isso vai te ajudar a calcular quantas correntinhas serão necessárias para atingir a largura real da manta.
Observe textura e peso
Dobre a amostra, sinta se está macia, se “cai” bem e se não ficou pesada demais. Se o ponto estiver muito duro, teste uma agulha maior ou um ponto com mais espaços (como ponto V ou granny).
Lave e seque, se possível
Em mantas que você vai usar muito, lave a amostra como lavaria a peça pronta. Assim, você vê se o fio encolhe, se solta muito pelo ou se o ponto deforma.

Erros comuns ao escolher pontos de crochê para mantas

Um erro clássico é pensar apenas na beleza do ponto e esquecer da tensão do fio. Se você aperta demais a mão, mesmo um ponto lindo pode virar uma manta dura, que não se ajusta ao corpo nem ao sofá. Ajustar a agulha (para um número maior) e treinar a tensão antes de começar a peça grande faz toda a diferença.

Outro deslize frequente é ignorar o peso final da manta. Misturar ponto muito fechado com fio muito grosso em mantas grandes (para cama, por exemplo) pode resultar em uma peça pesada demais para lavar e secar. Nesses casos, vale alternar faixas em ponto mais fechado com faixas em ponto mais aberto, como V ou concha, equilibrando textura e conforto.