O que o filme “As Sufragistas” ensina sobre força, propósito e autoconfiança

O poder das mulheres que ousaram mudar o mundo e ainda inspiram gerações a acreditarem em si mesma

Lançado em 2015 e estrelado por Carey Mulligan, Helena Bonham Carter e Meryl Streep, o filme As Sufragistas retrata uma das fases mais marcantes da história do movimento feminino: a luta das mulheres inglesas, no início do século XX, pelo direito ao voto.

Dirigido por Sarah Gavron, o longa dá rosto e emoção à palavra “resistência”. Mostra como mulheres comuns desafiaram um sistema rígido e injusto, transformando pequenas atitudes em marcos históricos que ecoam até hoje.

O contexto histórico que inspira o enredo

O movimento sufragista surgiu na Inglaterra do final do século XIX, quando mulheres começaram a questionar leis que as excluíam da vida política e pública. Apesar da mobilização pacífica inicial, a falta de resposta do governo levou muitas a adotarem métodos mais firmes de protesto.

  • 1912–1913: intensificação das manifestações e prisões políticas.
  • 1918: conquista parcial do voto feminino na Inglaterra.
  • 1928: direito estendido a todas as mulheres adultas, em igualdade com os homens.

O filme se passa nesse período de tensão e esperança, revelando o custo pessoal e emocional enfrentado por quem ousou lutar por um futuro mais justo.

Maud Watts: o retrato da mulher invisível que se torna voz coletiva

A protagonista Maud Watts, interpretada por Carey Mulligan, é uma trabalhadora de lavanderia que, inicialmente alheia à política, acaba envolvida no movimento sufragista. Sua trajetória representa tantas mulheres anônimas que, à medida que se conscientizam da injustiça, encontram dentro de si a coragem para agir.

  • Transformação silenciosa: de observadora a participante ativa da história.
  • Empatia e coragem: Maud entende que sua voz também importa.
  • Sacrifício: sua jornada mostra o preço real de lutar por igualdade.

A personagem de Maud resume o espírito do filme: a coragem cotidiana que, somada à de tantas outras, se transforma em revolução.

Os desafios enfrentados pelas sufragistas

Além da repressão policial e das prisões, as sufragistas enfrentaram a perda de empregos, a separação familiar e a humilhação pública. O filme mostra como a sociedade da época considerava a luta feminina uma ameaça à ordem — e como isso reforçou a determinação do movimento.

  • Mulheres eram presas por protestar pacificamente.
  • Foram alimentadas à força durante greves de fome nas prisões.
  • Foram retratadas como desordeiras e perigosas pela imprensa da época.

Mesmo diante disso, elas persistiram, acreditando que cada ato de resistência era uma semente de mudança.

O impacto cultural de As Sufragistas

Cena de “As sufragistas” — Foto: Divulgação / Crédito: Focus Features / Universal Pictures.

Mais do que uma obra cinematográfica, As Sufragistas é um lembrete do quanto direitos que hoje parecem garantidos foram conquistados com dor e persistência. O filme reforça a importância de manter viva a memória dessas mulheres e de continuar lutando contra desigualdades ainda presentes.

  • O longa é utilizado em escolas e universidades como ferramenta de reflexão histórica.
  • Reacendeu debates sobre feminismo e representatividade no cinema.
  • Mostra que a luta por igualdade é contínua e precisa ser compartilhada entre gerações.

Mais de um século depois, o legado das sufragistas segue inspirando. Elas não apenas conquistaram o voto — abriram caminhos para todas as vozes femininas que se levantam, todos os dias, em busca de justiça e reconhecimento.

  • Assista ao filme com novas perspectivas sobre coragem e transformação.
  • Leve essa reflexão para o seu dia a dia e valorize as conquistas femininas que vieram antes de nós.
🔒 Crédito: Este artigo foi publicado originalmente por Kátia Ribeiro. Reprodução total ou parcial sem autorização é proibida por lei.